Os debates da integração europeia vão bem além de ser pró ou contra a Europa. Uma agenda soberanista passa por boas políticas em áreas como transportes, uso de solos, energia e produção alimentar
Excelente reflexão. Chamo a vossa atenção para o facto de as jazidas de Lítio existentes em Portugal nos terem sido apresentadas de forma extremamente empolada, em jeito de propaganda. Recomendo que sigam o que diz o Carlos Leal Gomes, um geólogo da Universidade do Minho, sobre o assunto https://rum.pt/news/em-portugal-nao-e-clara-a-divisao-entre-recursos-e-reservas-de-litio.
O peso do turismo no PIB dificilmente poderá ser reduzido a curto prazo, mesmo no quadro de uma estratégia soberanista. Mas talvez se possa alterar o perfil da oferta, distribuindo o fluxo mais equilibradamente pelo território. Por outro lado, uma saída do euro exigirá não apenas a nacionalização do setor energético, das infraestruturas rodoviária, portuária aeroportuária, como de grande parte do setor financeiro, o que implicará um grande esforço no plano diplomático. Finalmente, que fazer em relação ao papel? Não podemos ter tantos eucaliptos, mas o setor também tem um peso considerável...
Com a Europa de Maastricht e do Euro, consagrou-se de forma supranacional, o neoliberalismo, blindado por um esquema internacional, que isolou a governação económica das vontades democráticas, limitando-se o papel dos governos eleitos, na definição da política económica. Preveniu-se dessa forma qualquer resposta ao conflito social, que não aquela que é prescrita no eixo Bruxelas-Frankfurt. Em última instância, bloqueou-se a resposta keynesiana ao conflito social (ou qualquer outra), e sobretudo permitiu a recuperação da hegemonia de uma pequena franja da sociedade, que tinha sido posta em causa com o sufrágio universal.
Serviço público
Excelente reflexão. Chamo a vossa atenção para o facto de as jazidas de Lítio existentes em Portugal nos terem sido apresentadas de forma extremamente empolada, em jeito de propaganda. Recomendo que sigam o que diz o Carlos Leal Gomes, um geólogo da Universidade do Minho, sobre o assunto https://rum.pt/news/em-portugal-nao-e-clara-a-divisao-entre-recursos-e-reservas-de-litio.
O peso do turismo no PIB dificilmente poderá ser reduzido a curto prazo, mesmo no quadro de uma estratégia soberanista. Mas talvez se possa alterar o perfil da oferta, distribuindo o fluxo mais equilibradamente pelo território. Por outro lado, uma saída do euro exigirá não apenas a nacionalização do setor energético, das infraestruturas rodoviária, portuária aeroportuária, como de grande parte do setor financeiro, o que implicará um grande esforço no plano diplomático. Finalmente, que fazer em relação ao papel? Não podemos ter tantos eucaliptos, mas o setor também tem um peso considerável...
Com a Europa de Maastricht e do Euro, consagrou-se de forma supranacional, o neoliberalismo, blindado por um esquema internacional, que isolou a governação económica das vontades democráticas, limitando-se o papel dos governos eleitos, na definição da política económica. Preveniu-se dessa forma qualquer resposta ao conflito social, que não aquela que é prescrita no eixo Bruxelas-Frankfurt. Em última instância, bloqueou-se a resposta keynesiana ao conflito social (ou qualquer outra), e sobretudo permitiu a recuperação da hegemonia de uma pequena franja da sociedade, que tinha sido posta em causa com o sufrágio universal.