A vontade da UE em aumentar tarifas sobre carros chineses é uma manobra de desespero, após uma década perdida com planos de austeridade. Portugal pode contrariar este falhanço.
Não faria mais sentido projetar a criação de um cluster industrial integrado virado para os transportes públicos urbanos? É bastante provável que venha a haver um crescimento significativo da procura mundial de soluções nessa área, até tendo em conta o aumento da população nos grandes centros urbanos do Sul Global. https://www.sustainable-bus.com/electric-bus/electric-bus-public-transport/
Estou a escrever um artigo sobre a história do projeto da Área de Sines, caso vos interesse (dá-me sempre jeito receber comentários). Obrigado por mais um excelente ensaio.
Obrigado pelos comentários, muito pertinentes como sempre.
Do ponto de vista de estratégia industrial, temos uma posição de partida relativamente agnóstica a transporte coletivo vs. privado, empresas como a BYD tem uma posição forte nos autocarros (a cidade de Londres tem bastantes por exemplo).
Dito isso, estamos em concordância que as tendências globais apontam para uma importância do transporte coletivo (autocarros e mesmo minivans). O veículo individual pequeno, pelo custo, recursos que gasta e espaço que utiliza, também nos parece ser parte do mix num mundo em que o Sul Global tem maior peso.
No contexto da política industrial portuguesa, a decisão de tentar criar um cluster de transporte público vs. individual, até pode ter algumas consequências diretas. Não tanto sobre o que o Estado deve fazer per se, mas onde se deve tentar fomentar o tal cluster.
A Área Metropolitana do Porto - com as oficinas da CP, uma eventual fábrica de comboio, a Salvador Caetano e a EFACEC - parece ser o candidato mais forte para um cluster de transporte público. Infelizmente a entrega da EFACEC retira um instrumento ao poder público para articular esses agentes. Como dissemos de forma breve no texto, Palmela com a rede de fornecedores e trabalhadores especializados tem as suas vantagens e no limite uma alternativa de emprego caso a Alemanha finalize o seu suicidio industrial. A aguda crise habitacional em ambas as zonas talvez seja o maior constrangimento de médio prazo.
Interessa-nos muito ler sobre a história industrial de Sines. É um tema que queremos aprofundar.
Não faria mais sentido projetar a criação de um cluster industrial integrado virado para os transportes públicos urbanos? É bastante provável que venha a haver um crescimento significativo da procura mundial de soluções nessa área, até tendo em conta o aumento da população nos grandes centros urbanos do Sul Global. https://www.sustainable-bus.com/electric-bus/electric-bus-public-transport/
Estou a escrever um artigo sobre a história do projeto da Área de Sines, caso vos interesse (dá-me sempre jeito receber comentários). Obrigado por mais um excelente ensaio.
Olá Ricardo,
Obrigado pelos comentários, muito pertinentes como sempre.
Do ponto de vista de estratégia industrial, temos uma posição de partida relativamente agnóstica a transporte coletivo vs. privado, empresas como a BYD tem uma posição forte nos autocarros (a cidade de Londres tem bastantes por exemplo).
Dito isso, estamos em concordância que as tendências globais apontam para uma importância do transporte coletivo (autocarros e mesmo minivans). O veículo individual pequeno, pelo custo, recursos que gasta e espaço que utiliza, também nos parece ser parte do mix num mundo em que o Sul Global tem maior peso.
No contexto da política industrial portuguesa, a decisão de tentar criar um cluster de transporte público vs. individual, até pode ter algumas consequências diretas. Não tanto sobre o que o Estado deve fazer per se, mas onde se deve tentar fomentar o tal cluster.
A Área Metropolitana do Porto - com as oficinas da CP, uma eventual fábrica de comboio, a Salvador Caetano e a EFACEC - parece ser o candidato mais forte para um cluster de transporte público. Infelizmente a entrega da EFACEC retira um instrumento ao poder público para articular esses agentes. Como dissemos de forma breve no texto, Palmela com a rede de fornecedores e trabalhadores especializados tem as suas vantagens e no limite uma alternativa de emprego caso a Alemanha finalize o seu suicidio industrial. A aguda crise habitacional em ambas as zonas talvez seja o maior constrangimento de médio prazo.
Interessa-nos muito ler sobre a história industrial de Sines. É um tema que queremos aprofundar.
Obrigado e cumprimentos,
República dos Pijamas