Existe um negacionismo climático que não se baseia em palpites que colidem com o senso comum. É um negacionismo ao qual a Economia neoliberal fornece blindagem.
Gostei bastante do texto. Acho que não deviam usar o neoliberalismo neste caso, porque eles tem uma visão própria sobre as alterações climáticas e que difere da que apresentam que é a neoclássica. Se não me engano, pelo Mirovsky, a dos neoliberais e composta por 3 fases e está relacionada com a forma como eles pensam a ciência como um todo. Passa por 3 fases, 1 negar até não poder mais de modo a dar tempo para a 2 fase, aparecer com uma solução que não vai resolver nada mas que serve de discussão, enquanto 3 fase encontra se uma solução vinda do “mercado” (o mercado de carbono pertence a segunda fase, enquanto tecnologias tipo enterrar carbono ou tapar o sol faziam parte da 3)
As mudancas de comportamentos e alteracoes nos padroes de investimento e consumo essencias para que um combate com uma hipotese decente de conseguir combater os piores os efeitos das alteracoes climaticas seja bem sucedido necessita obrigatoriamente de ser articulado com uma distribuicao equitativa dos custos/beneficios de tais mudancas e suporte das camadas mais vulneraveis da sociedade. senao nao ha hipoteses do projecto avancar sem uma revolta popular suicida.
O movimento Gillet-Jaunes de Franca e um exemplo paradigmatico do problema: Um dos slogans do movimento foi algo como: "Voces falam do fim do mundo, mas nos estamos preocupados com o fim do mes." - impor importos sobre produtos petroliferos ou uso de automoveis sem qualquer tipo de apoio paralelo atira largas camadas da populacao para a miseria e/ou escolhas impossiveis porque dependem de estilos de vida poluentes para conseguir sobreviver o dia-a-dia
Os impostos sobre carbono, ou sobre produtos populentes ten de ser acompanhados de uma fortissima componente de redistribuicao das receitas obtidas entre as camadas mais pobres da sociedade que, de resto, serao desproporcionalmente afectadas por estes impostos e ajudas estatais para os ajudar a adoptarem solucoes tecnologicas ou praticas de consumo mais sustentaveis.
Robert Pollin sugere que as receitas deste tipo de impostos sejam usadas 75% em subsidios directos as camadas mais pobres da sociedade e 25% usados para financiar projectos verdes. Ele tem propostas semelhantes na reducao dos subsidios as industrias da enegia fossil - isto e, usar as poupancas resultantes do corte neste subsidios para proporcionar financiamento de projectos verdes mas preponderantemente (75% da poupanca) alocada a ajuda financeira aos mais pobres os quais,. uma vez mais, serao os mais afectados por estes cortes de subsidios a industria fossil. porque muitas das vezes estes subsidios existem na forma de ajudas estatais ao consumo de produtos poluentes de que estas camadas sociais dependem.
A este respeito sugiro vivamente o livro "Climate crisis and the global green new deal" da co-autoria de Noam Chomsky e Robert Pollin
Gostei bastante do texto. Acho que não deviam usar o neoliberalismo neste caso, porque eles tem uma visão própria sobre as alterações climáticas e que difere da que apresentam que é a neoclássica. Se não me engano, pelo Mirovsky, a dos neoliberais e composta por 3 fases e está relacionada com a forma como eles pensam a ciência como um todo. Passa por 3 fases, 1 negar até não poder mais de modo a dar tempo para a 2 fase, aparecer com uma solução que não vai resolver nada mas que serve de discussão, enquanto 3 fase encontra se uma solução vinda do “mercado” (o mercado de carbono pertence a segunda fase, enquanto tecnologias tipo enterrar carbono ou tapar o sol faziam parte da 3)
As mudancas de comportamentos e alteracoes nos padroes de investimento e consumo essencias para que um combate com uma hipotese decente de conseguir combater os piores os efeitos das alteracoes climaticas seja bem sucedido necessita obrigatoriamente de ser articulado com uma distribuicao equitativa dos custos/beneficios de tais mudancas e suporte das camadas mais vulneraveis da sociedade. senao nao ha hipoteses do projecto avancar sem uma revolta popular suicida.
O movimento Gillet-Jaunes de Franca e um exemplo paradigmatico do problema: Um dos slogans do movimento foi algo como: "Voces falam do fim do mundo, mas nos estamos preocupados com o fim do mes." - impor importos sobre produtos petroliferos ou uso de automoveis sem qualquer tipo de apoio paralelo atira largas camadas da populacao para a miseria e/ou escolhas impossiveis porque dependem de estilos de vida poluentes para conseguir sobreviver o dia-a-dia
Os impostos sobre carbono, ou sobre produtos populentes ten de ser acompanhados de uma fortissima componente de redistribuicao das receitas obtidas entre as camadas mais pobres da sociedade que, de resto, serao desproporcionalmente afectadas por estes impostos e ajudas estatais para os ajudar a adoptarem solucoes tecnologicas ou praticas de consumo mais sustentaveis.
Robert Pollin sugere que as receitas deste tipo de impostos sejam usadas 75% em subsidios directos as camadas mais pobres da sociedade e 25% usados para financiar projectos verdes. Ele tem propostas semelhantes na reducao dos subsidios as industrias da enegia fossil - isto e, usar as poupancas resultantes do corte neste subsidios para proporcionar financiamento de projectos verdes mas preponderantemente (75% da poupanca) alocada a ajuda financeira aos mais pobres os quais,. uma vez mais, serao os mais afectados por estes cortes de subsidios a industria fossil. porque muitas das vezes estes subsidios existem na forma de ajudas estatais ao consumo de produtos poluentes de que estas camadas sociais dependem.
A este respeito sugiro vivamente o livro "Climate crisis and the global green new deal" da co-autoria de Noam Chomsky e Robert Pollin
https://www.versobooks.com/en-gb/products/2519-climate-crisis-and-the-global-green-new-deal