Esta campanha eleitoral confunde-se com uma telenovela
O país precisa de uma campanha eleitoral clara e focada nos reais problemas das pessoas. Ao invés temos tido uma campanha focada nas sondagens, nos casos de avós e nas coligações pós-eleitorais.
Uma das grandes críticas à governação de oito anos de António Costa foi a falta de “agenda reformista”. Na gestão que fez do país, apostando maioritariamente no crescimento da economia baseado na expansão de atividades de pouco valor acrescentado como o turismo, foi evidente a falta de projetos de modernização.
À esquerda, as grandes reivindicações eram dirigidas à deterioração dos serviços públicos e à crise habitacional. Mais do que pedir para reforçar os orçamentos destas áreas, e mesmo sem se usar a terminologia “reforma”, eram exigidas alterações aos mecanismos do mercado da habitação e à lógica de funcionamento de vários serviços públicos, com o grande peso do setor privado sob mira. Os cortes aos contratos de associação com o ensino privado em 2016, quando a governação de Costa ainda não fazia um ano, foram um exemplo concreto do que a esquerda via como reformas necessárias. A gratuitidade das creches, uma bandeira do PCP, protegendo as famílias das leis do mercado, talvez tenha sido a última.
Do lado da direita, as reformas foram sendo palavras de código para a continuação do que foi feito desde Maastricht, com particular intensidade nos tempos da Troika. As privatizações, a transferência da carga fiscal do capital para o trabalho (salários e consumo) e o aprofundamento de um Estado social baseado em parcerias público privadas, e cada vez mais limitado a um mero alívio aos mais pobres, foram sempre a alma das reivindicações.
Nos últimos tempos da governação de Costa, o sprint em projetos como o TGV e o novo aeroporto de Lisboa, em que o próprio assumiu o cargo de ministro das Infraestruturas, não foi um acaso. Não sendo as reformas prediletas da esquerda, Bloco e PCP vêm com bons olhos o investimento público em transportes e a aposta num Estado mais ativo no planeamento económico. Nos partidos à direita, também se tornou mais difícil falar de um executivo Costa sem horizonte. Avançar com projetos eternamente adiados também é uma mais valia para o seu eleitorado.
Estes projetos e os acontecimentos anteriores ao arranque da campanha eleitoral para as legislativas — como a seca extrema no Algarve, os protestos de agricultores ou os casos judiciais em torno do lítio e dos centros de dados — poderiam ser o prólogo para uma campanha centrada em torno do desenvolvimento nacional. Mas não.
Os grandes projetos ou a visão de modelo de desenvolvimento das diversas candidaturas não têm dominado a campanha eleitoral. A eficácia das propostas para se resolver a crise da habitação ou para desenvolver o país não têm estado entre os grandes temas. A discussão sobre as eleições têm sido as próprias eleições, com os futuros cenários de governabilidade a estarem sempre no centro do debate.
COMO SE ENGANAR NAS SONDAGENS
É difícil acusar a produção de sondagens de ser uma fraude pura, mas nem por isso estas deixam de oferecer oportunidades quase inesgotáveis a quem procura propagar informação enviesada. Dados os seus falhanços, em especial na última eleição, e a importância que lhes é atribuída, é fácil encontrar teorias conspiratórias sobre a sua prática. Uma publicação recente ilumina várias questões sobre este exercício.
Num livro recente, Como Mentem as Sondagens, Luís Paixão Martins, especialista em comunicação, mostra as limitações destas. O autor traça vários episódios em que as sondagens marcaram eleições, entre os quais, as autárquicas de 2001 que conduziram o então primeiro-ministro António Guterres (PS) a demitir-se e a surpresa de Trump nas eleições presidenciais nos EUA em 2016.
Fiel ao título do livro, Paixão Martins mostra as possibilidades quase inesgotáveis que podem viciar os resultados dos inquéritos às intenções de voto. A formulação das perguntas, os métodos para lidar com os indecisos, as metodologias para corrigir amostras desajustadas, os números de inquiridos, o voto ser decidido no próprio dia da eleição, entre outros. A lista é longa, bem longa.
O consultor de comunicação política não deixou de abordar no livro as eleições legislativas de 2022, que trouxeram a maioria absoluta do PS, nas quais o próprio fez consultoria para o PS. Várias sondagens, notavelmente uma “tracking poll” da CNN, previam uma luta taco a taco entre António Costa e Rui Rio pelo primeiro lugar nas eleições.
Embora seja difícil quantificar o impacto que as sondagens publicadas possam ter tido, Rio sentiu-se suficientemente confiante para sugerir a Costa que "perca com dignidade". O resultado final, que escapou em larga medida às sondagens, foi a vitória por maioria absoluta do PS. Ficou no ar a perceção de que as sondagens tiveram um impacto significativo no momento de se pôr o voto na urna, com vários eleitores temerosos de ver a direita no poder a votarem no PS, ao invés de nos partidos à sua esquerda.
Face a estes episódios, é pertinente realçar-se o enviesamento das sondagens, reduzindo-as ao que realmente são: contactos pontuais (geralmente telefónicos) a pessoas teoricamente aleatórias sobre quais as suas intenções de voto.
Não é necessário ter uma formação académica em Estatística ou em Ciência Política para as considerarmos um exercício levado demasiado a sério quando se discutem eleições. Como Paixão Martins gosta de enfatizar, as capas de jornais com títulos do estilo “se as eleições fossem hoje, A ganhava a B por x por cento” são um exagero da interpretação das sondagens. E depois admiramo-nos que tenham má reputação.
Mas vamos mais longe do que Paixão Martins: é-nos difícil encontrar um papel vital das sondagens nos atos democráticos. Se o que está em jogo é uma decisão livre e consciente nas candidaturas a cargos políticos, então é difícil enquadrá-lo num suposto conhecimento das opiniões dos restantes votantes. Seria estranho alguém valorizar o 25 de Abril pela liberdade de saber estimativas das intenções de voto da generalidade da população. Nas melhores das hipóteses, as sondagens fariam parte do rodapé das notícias e seriam um instrumento interno útil dos aparelhos partidários. Estariam bem longe das capas dos jornais e dos debates políticos.
Num mundo no qual imperasse o bom senso, depois de episódios como as legislativas de 2022, a comunicação social teria de repensar o destaque dado às sondagens. Seria bem mais útil para a democracia se a comunicação social focasse a campanha eleitoral nos programas e propostas dos partidos, nas suas votações nas anteriores legislaturas. Parece ter havido de facto um reajuste da cobertura das eleições, mas no sentido inverso.
APOSTAR NOS FALHANÇOS
Contrariando a noção de que o insucesso traz o desaparecimento de más práticas, não só as sondagens não desapareceram, como se transformaram, multiplicaram e passaram a ocupar ainda mais espaço público.
Se, a 17 de fevereiro de 2024, consultássemos o novo pulsómetro da CNN, as conclusões para as eleições de 10 de março eram claras: o Livre e a Iniciativa Liberal estariam a lutar pelo primeiro lugar. Projetava-se o PS passar de uma maioria absoluta para o partido menos votado entre os que agora têm lugar na Assembleia da República. A AD, formada pelo PSD e o CDS, iria ter de se contentar com ficar atrás do PAN.
Uma leitura mais atenta do pulsómetro indica-nos que, afinal, este instrumento da CNN não se trata de qualquer tipo de sondagem (já por si frágil), mas de “indicador de sentimento nas redes sociais”. Se formos a mais detalhes, citando o site da CNN, vemos que é um “projeto tecnológico, inédito no espaço mediático português” a partir de um “large language model” que faz uma análise de sentimento das interações nas redes sociais. “O modelo utilizado é desprovido de inclinações políticas, garantindo imparcialidade na interpretação dos dados”, continua a CNN, referindo ser fruto de uma parceria com uma empresa chamada Augusta Labs.
Não só o método é pouco transparente como sofre de carências básicas. Logo à partida, não recolhe informação da população que não participa nas redes sociais, num dos países mais envelhecidos do mundo com tendências de voto distintas entre gerações. Um exercício mais exaustivo encontraria um sem fim de limitações em prever prestações eleitorais a partir do pulsómetro.
Numa era marcada pela desinformação, o bom senso aconselharia os órgãos de comunicação a não darem destaque a um mecanismo ainda mais defeituoso do que as sondagens. Não é difícil imaginar as pontuações do pulsómetro a serem propagadas num grupo de whatsapp como se de sondagens de facto se tratassem, ou promovidas por um candidato para exagerar a sua real popularidade. Ainda mais do que as sondagens, é difícil entender qual o contributo positivo que o pulsómetro traz a um exercício democrático, ao mesmo tempo que os seus riscos são mais do que evidentes.
Para outros órgãos de comunicação, a aposta nas sondagens continua em força, mas com uma diferença: é agora acompanhada de cobertura noticiosa. Para se proteger dos riscos reputacionais inerentes de reforçar o papel das sondagens e outros instrumentos, o semanário Expresso decidiu dedicar uma capa do jornal às fragilidades destas sondagens.
A decisão do Expresso não foi um repentino exercício de autocrítica, visto que o uso e abuso deste instrumento continua a ocupar grande parte do debate eleitoral no grupo Impresa, onde os comentadores, principalmente na SIC, não se fartam de dar pontuações aos vários candidatos. Esta nota de rodapé em forma de capa de jornal é um mero taticismo num mundo em que as conclusões das sondagens são sucessivamente contrariadas pelas urnas.
TEMAS OMISSOS
A temporada de debates eleitorais foi marcada por debates curtos e com intervenções excessivas por parte dos moderadores. No final sobraram confrontos em que muito fica por dizer, e o resultado final são debates que muitas vezes mais se assemelham a entrevistas em simultâneo.
E os temas discutidos, normalmente guiados em excesso pelos moderadores, como notado pelo jornalista Nuno Aguiar, fugiram às preocupações dos eleitores. Apesar das limitações dos barómetros citados por Aguiar, é evidente que os debates foram mais direcionados pelos temas que os media acharam relevantes do que aquilo que a audiência considera essencial para as suas vidas.
Assuntos cruciais, como alterações climáticas, como vincado pelos ativistas que interromperam o debate entre todos os partidos com assento parlamentar, têm ficado à margem dos debates. O desprezo mediático foi tal que estes temas foram sobretudo encaixados nos debates do PAN, sem grande escrutínio por parte dos jornalistas da seriedade dos argumentos apresentados, como se fossem assuntos de nicho.
No episódio em que um ativista pintou Luís Montenegro de verde, não surgiram grandes avaliações aos programas dos partidos no tema da transição energética. Nem os restantes partidos decidiram comparar as suas medidas para a transição energética, nem a comunicação social pegou no tema. O que dominou foi se o evento poderia dar força à campanha da AD.
Enquanto isto, discussões essenciais ficam por acontecer. Passam ao lado da eleição temas como a redução de emissões de gases com efeito de estufa e as formas de como lidar com as secas que arrasam o país.
Em contraponto, a discussão sobre cenários pós-eleitorais, baseados em resultados hipotéticos, sobretudo apoiados em sondagens, tem sido uma constante. Na falta de política, apenas resta um exercício aritmético.
O QUE SOBROU DOS DEBATES
Tal como em campanhas anteriores, a presença do candidato André Ventura esvaziou o conteúdo dos debates, transformando-os em concursos de interrupções e insultos velados, com fortes paralelos com o comentário futebolístico-clubista. Infelizmente, os debates sem o líder do Chega foram apenas ligeiramente mais esclarecedores.
No frente-a-frente mais crucial, entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro, e embora tenha permitido um debate mais abrangente do que os restantes, deixou a desejar sobre várias questões. Tiradas superficiais e a tentativa de produção de bons segmentos de 15 segundos para as redes sociais foram a regra. O tempo de debate, apesar de maior do que os restantes, acabou por não estar à altura das questões discutidas.
Mais ilustrador do que analisar todo o debate entre os dois maiores partidos, é olhar para o seguimento que teve. Durante o debate e nos dias que se seguiram, Pedro Nuno Santos tentou encurralar Luís Montenegro, não nos temas do novo aeroporto ou do TGV, nos quais o PSD tem mostrado hesitação, mas na aprovação ou não de um hipotético governo minoritário do PS.
Poderíamos esperar uma campanha em que o tema fossem as grandes infraestruturas do país (alavancada na co-organização do Mundial de 2030), mas acabámos com uma telenovela, na qual o foco são as possíveis danças de cadeiras pós-eleitorais. Os argumentos de cenários pós-eleitorais foram usados como arma pela campanha de Pedro Nuno Santos, candidatura que inicialmente apostou em apresentar-se focada no desenvolvimento do país, demonstra a força da telenovelização das campanhas eleitorais.
A evolução da campanha mediática em torno de Mariana Mortágua sumariza na perfeição o conteúdo e estilo escolhido pelos meios de comunicação dominantes. A coordenadora do Bloco de Esquerda teve uma temporada de debates bem sucedida, na qual deu uso às suas capacidades nos temas económicos para discutir assuntos como a habitação e a saúde. Os media não perdoaram a coordenadora do Bloco de Esquerda ter-se desviado de discutir futilidades, lançado investigações profundas sobre os contornos de uma história sobre a habitação da sua avó. Mesmo assim, o próprio facto de Mortágua ter decidido trazer o episódio da sua avó para o debate com Montenegro atesta a força que a hiper-pessoalização tem no discurso político de hoje.
Já no pós-debates, a cobertura mediática com contornos de reality show não tirou os olhos da coordenadora do Bloco de Esquerda. Assistimos a um “fact checking” sobre as suas afirmações sobre a prisão do seu pai durante o Estado Novo e mais uma “saga investigativa” em torno da sua declaração de rendimentos e património. Este tipo de abordagem alargou-se a mais candidatos, embora com tons diferentes.
DEPOIS DOS DEBATES
As transmissões dos debates foram sendo seguidas por longos painéis de discussão que, nas palavras da ex-deputada bloquista Ana Drago, se destacam por serem “compostos por comentadores, jornalistas e editores maioritariamente alinhados à direita, e onde figura depois um solitário jornalista/comentador mais ou menos à esquerda, que assegura o ‘pluralismo’ ”.
Tornou-se habitual, a seguir a uma discussão acesa entre líderes partidários, ter-se um painel de comentadores ainda mais entusiasmado sobre qual o vencedor do debate. Nas redes sociais, as discussões sobre os argumentos dos debates, ou a escolha de temas debatidos, foram superados por discussões sobre a justiça das notas de 1 a 10 que os analistas atribuem aos intervenientes no debate. Ascendendo a um nível superior, as discussões encaminharam-se para quais os critérios apropriados para se avaliar um debate, mostrando a futilidade de todo o exercício.
Ainda em torno dos debates, vimos o intensificar do fact-checking do combate político. Liderado pelo Polígrafo, assistimos à verificação de forma relativamente arbitrária, por vezes caricata, das afirmações dos candidatos. Por exemplo, o lítio (praticamente ausente da campanha) chegou ao Polígrafo para denunciar a “mentira” de Pedro Nuno Santos no debate com Inês Sousa Real, do PAN. O líder do PS exaltava a oportunidade para o país de explorar a oitava maior reserva de lítio do mundo, o que, segundo o Polígrafo, não passava de uma falsidade, visto que Portugal tem a nona maior reserva do mundo. Rapidamente, os líderes políticos perceberam a perversidade destas ferramentas, e quando querem amplificar a sua mensagem, sinalizam-no em slogans como “façam fact-check a cada uma destas frases”.
Com a multiplicação do aparato jornalístico ao exercício eleitoral, os media decidiram deixar de mediar a política. Passaram a ser protagonistas, interpretando e avaliando qual o verdadeiro significado dos atos dos quadros partidários, com notórios paralelos com atos de propaganda. Muito mais do que discutirem o que é proposto e avaliar o que fica por debater, tentam entreter o eleitor, poupando-o à tarefa enfadonha de ter de avaliar as candidaturas por si mesmo.
Se a discussão política regrediu com o início do período eleitoral, a regressão vai sendo aprofundada campanha adentro. O foco mediático fora dos debates quase deixou os eleitores com saudades dos curtos e pouco esclarecedores debates.
Fora do comentário revestido de jornalismo informativo, mas ainda nos grandes media, a campanha espalhou-se em entrevistas com muito de pessoal e muito pouco de política. Num mundo quase paralelo dos debates, o público vai sendo prendado com as histórias pessoais dos candidatos. Luís Montenegro foi mostrar a sua genuidade e fotos familiares em programas da manhã. Pedro Nuno Santos foi ao Alta Definição de Daniel Oliveira apresentar o seu lado mais íntimo. As lágrimas que Pedro Nuno mostrou na entrevista tornaram-se elas próprias num assunto de campanha.
André Ventura também fez a sua tour pelos programas da manhã, deixando questões sobre estes formatos televisivos. No programa de João Baião na SIC, o candidato de extrema-direita fez uma entrada alegre de bicicleta. No programa de Cristina Ferreira, na TVI, foi apresentado com contornos elogiosos: “adorado e temido”.
Estes programas têm pouco de político e não há dúvida de que podem influenciar decisões de voto, em especial no vácuo programático desta campanha eleitoral. Com o mundo da reality TV a contaminar a arena política, fica consagrado o vácuo programático que tem marcado o nosso caminho coletivo até 10 de março.
O CONTINUAR DA POLITICA DE SELFIES
Esta forma pessoal de fazer e acompanhar a política não é nova em Portugal. Projetada com a presidência de Marcelo Rebelo de Sousa, foi muito bem recebida pelo aparelho mediático. O exercício do cargo da Presidência confunde-se com o período eleitoral, em que as selfies e atos meramente simbólicos são uma constante. Nos momentos de maior tensão e real debate programático, o presidente geralmente desaparece de cena.
A crispação cavaquista foi trocada pela popularidade despolitizante de Marcelo Rebelo de Sousa. A mudança presidencial começou por ser vista como refrescante, num período em que o país passava por uma solução governativa inovadora (geringonça), e pouco escrutinada dada a popularidade do Presidente. O aparelho mediático pautou a atual campanha pela fórmula marcelista: muita informação mas pouca política.
Os jornalistas vão fazer greve geral a 14 de março. Há 40 anos que não avançavam para uma e as suas reivindicações são semelhantes às de tantos outros trabalhadores, ainda que tenham as suas especificidades: querem ter condições dignas para desempenharem o seu trabalho. Querem ser tratados com dignidade.
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